quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Gigi, a dentista e eu

Já faz algum tempo que a Gigi é levada - antes pela Carô depois pela Rita - à dentista, para os cuidados de praxe. Só que a partir de uma certa altura ela começou a desenvolver medo de uma possivel dor, inspirada certamente por aquele bendito motorzinho, e as coisas começaram a se complicar.

De fato já ultrapassava a barreira do simples medo - aquele medo comum que todos nós temos - e começou a se tornar pavor. Contam a Caro e a Rita que em algumas vezes o tratamento não pôde ser feito por causa da impossibilidade da Gigi relaxar e encarar tudo numa boa.

Começamos a procurar, caso existisse, um profissional especializado tanto nesse tipo de  medo quanto no tratamento mesmo, algo parecido com um dentista-analista.

Mas vai daqui e vai dali resolvemos que ainda tentariamos mais uma vez e dessa vez eu iria junto. 

Tchan-tchan-tchan-tchan

E lá fomo nós. A Gigi, a Rita e eu. O tratamento necessário era um corte na gengiva superior, lado direito, lá pro fundo da boca, onde um dente precisava ser descoberto para poder cumprir seu papel plenamente.

A Gigi deitada na cadeira da dentista, pediu que ficassemos - eu e a Rita - próximos dela. A Rita ficou na "cabeceira" da cadeira e eu nos "pés". A Rita acariciava a testa dela e eu segurei uma de suas canelas.

Após algum choro e diante dos argumentos e promessas de montanhas de sorvetes que faziamos a Gigi, ela  se rendeu. E o tratamento foi feito.

Dias depois a Rita comunicou a Gigi que o mesmo procedimento precisa ser feito do outro lado da boca e, dizia a Rita, que ela acrediva que a Gigi enfrentaria tudo do mesmo jeito que enfrentou o anterior, ou seja com toda a coragem.

Ao que a Gigi respondeu: " Também , meu vô estava segurando minha perna!"



Meu coração derretido impede que eu faça a analogia que eu imaginei. Volto na próxima publicação para dizer o que isso me fez pensar.

Fiquem em paz

Jonas